Christian foi um leão encontrado em 1969 por dois australianos que moravam em Londres, John Rendall e Anthony 'Ace' Bourke (erroneamente citado num artigo do Daily Mail como Ace Berg) na loja de departamentos Harrods. Eles o encontraram, a venda, no departamento de animais exóticos e, comovidos com suas condições e futuro, decidiram comprá-lo.
Rendall E Bourke cuidaram do leão até que ele tivesse um ano de
idade. O tamanho cada vez maior de Christian e o custo para mantê-lo
fizeram com que eles percebessem que não poderiam mantê-lo em Londres
por muito tempo. A solução veio quando Bill Travers e Virginia McKenna, estrelas do filme Born Free,
visitaram a loja de móveis de Rendall e Bourke, onde Christian passava
seus dias. Travers e McKenna sugeriram, então, que eles pedissem a ajuda
de George Adamson, um conservacionista Kenyano que, justamente com sua esposa Joy, foi o assunto de seu filme. Adamson concordou em ajudá-los na adaptação de Christian para a vida selvagem na Reserva Nacional de Kora.
Adamson gradualmente apresentou Christian a um leão mais velho -
'Boy' - e, subsequentemente, para a filhote fêmea Katiana, na tentativa
de formar o núcleo de um novo bando. No entanto, alguns infortúnios
assolaram este novo bando: Katiana foi, provavelmente, devorada por
crocodilos enquanto bebia água. Outra fêmea foi morta por leões
selvagens. Os eventos atingiram 'Boy' de forma tal que ele perdeu sua
habilidade de socializar-se com outros leões e humanos. Ele acabou sendo
baleado no coração por Adamson, depois de ferir um homem fatalmente.
Desta forma, Christian acabou sendo o único sobrevivente do bando original.
Adamson continuou seu trabalho, e, após um ano o bando estabeleceu-se
na região de Kora, tendo Christian como o líder do bando iniciado por
'Boy'.
Quando Rendall e Bourke foram informados por Adamson do exitoso
resultado em 1971, eles viajaram para o Kenya para visitar Christian. A
visita foi filmada e transformou-se no documentário Christian, The Lion at World's End.
De acordo com este documentário, Adamson alertou Rendall e Bourke para a
possibilidade de Christian não recordar-se deles, mas o filme mostra um
leão, inicialmente cauteloso, correndo ao encontro dos dois homens,
envolvendo os braços em torno dos seus ombros e lambendo seus rostos. O
documentário também mostra as fêmeas Mona e Lisa, e um filhote chamado
Supercub saudando os dois homens, devido à influência de Christian.
Rendall conta de um encontro final, ocorrida em 1972. Nesta época,
Christian já estava a frente de seu próprio bando, tinha filhotes seus e
era quase duas vezes maior do que no vídeo do encontro de 1971.
Adamson avisou-os de que a viagem poderia ser em vão, porque ele não
via o bando de Chirstian há 9 meses. Entretanto, eles descobriram, ao
chegar em Kora, que Christian e seu bando haviam retornado para o
complexo de Adamson no dia anterior a sua chegada.
Rendall descreve a visita que ele. Bourke e George Adamson fizeram: "Nos
o chamamos, ele levantou e começou a caminhar em nossa direção,
lentamente. Então, como se tivesse se convencido de que eramos nós
mesmos, ele começou a correr ao nosso encontro, pulando sobre nós e nos
abraçando, como ele costumava fazer, colocando suas patas sobre nossos
ombros."
O reencontro durou até o dia seguinte, pela manhã, quando todos foram
dormir. De acordo com Rendall, esta foi a última vez que alguém viu
Christian.
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